quinta-feira, 9 de julho de 2015

EXCEPCIONALMENTE HOJE

Hoje, acordei um pouco triste. Não sei se é porque hoje é domingo, e vem aquele tédio e toda aquela preguiça de saber que o próximo dia já é uma segunda-feira e terei que ter coragem pra enfrentar cinco dias de rotina (que são um saco), ou se é saudade. Mas... Saudade do quê? Saudade da minha antiga rotina, que eu achava um saco, mas era a melhor rotina que eu já tive. Eu era mais pobre, mas havia colégio, havia amigos todos os dias, havia professores todos os dias, um deles era meu preferido (e gatinho). Eu tenho esse costume de não me contentar com as coisas que eu tenho. Pode ser a maior conquista da minha vida, mas algo sempre está errado. Claro que não devemos estacionar a nossa vida em algum lugar só porque está confortável nesta situação. Nunca estaremos confortáveis. Nunca devemos estar. O ser humano é coisa doida. Ninguém sabe de onde veio, para onde vai (se é que daqui da Terra a gente chega a algum outro lugar), mas vivemos buscando respostas pra tudo. Uns se apegam à sua fé, outros na ciência. Eu, sinceramente, não me apego em nada. Antes me apeguei à fé, depois tive aquela fase de me apegar na ciência e achar que ela respondia a tudo - ou melhor, quase tudo. Agora, depois de me apegar a estas coisas e só criar mais dúvidas, resolvi parar. Tento deixar as coisas rolarem e ser como elas devem ser. Claro, se quero alguma coisa, vou atrás, faço o que posso e de resto... Deixo acontecer. Já me frustrei demais. Se sou ateia? Não sei. Não sei de nada. Sou uma ninguém que já perdeu as esperanças em acreditar em qualquer força superior. A vida tem disto, faz a gente desistir e mudar o estilo de vida a cada ano.
Confesso que meus dias não têm sido dos melhores, mas com calma tudo se ajeita. Hoje, e excepcionalmente hoje, me dei o direito de ficar triste e de gritar (ou escrever) que estou cansada e esgotada, com saudades de velhos tempos, de velhos amigos, dos professores...
Hoje, e excepcionalmente hoje, me dei o direito de ficar triste, de ser pessimista, de pensar, de refletir, de me apaixonar e desapaixonar, de chorar com as lembranças, de querer desistir de tudo. Dei um dia de folga pra coragem e pra esperança... Hoje, e excepcionalmente, hoje.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Brasil goleado, mas dessa vez, fora de campo também

       O sonho do hexa 2014 acabou. E todo mundo já aceitou o fato de que a nossa canarinha não brilhou tanto o quanto era esperado. O vexame da seleção foi grande dentro de campo assim como, pra mim, é fora dele. Sinceramente eu achava que o Brasil ia passar uma vergonha com essa copa fora dos gramados. Mas não foi o que aconteceu.
      Felizmente o povo brasileiro é um povo que não se deixa ganhar pelos pessimistas que desde o começo jogaram comentários negativos sobre a copa, e infelizmente é um povo que não consegue encontrar a cura para a doença dentro da política. Ou ao menos não vai atrás dela.
A Alemanha não ganha de goleada do Brasil só no futebol (com experiência, disciplina, esquema tático, CONTROLE EMOCIONAL), mas também em saúde, segurança, educação, economia e entre vários outros fatores.
      Muitos questionam o legado que vai ficar para o Brasil pós-copa.  Os que defendem acreditam nas obras e nos investimentos nos novos aeroportos, nos estádios que ficarão mais bonitos e modernos, nas estações de metrô, no reconhecimento internacional do Brasil... Mas e o resto? E a superfaturação? E as pessoas que foram removidas de suas casas que elas construíram com o suor de muito trabalho? E os postos de saúde que estão capengando, junto com a educação que continua carente de melhorias? Foi muito mais gastos com estádio, festa, do que com o que realmente precisa.
       Porém o tempo de manifestar passou. Algumas pessoas até tentaram, mas em cima da hora, e como sempre esse jeitinho brasileiro... Dessa vez não funcionou! A FIFA WorldCup no Brasil tá sendo a melhor de toda a história, e sim, em cima dos nossos impostos,  trabalho e suor. A FIFA não precisou nem pagar impostos. Bem do jeito que ela queria, não é mesmo?
       É claro que eu não desejava que o resultado da semifinal contra a Alemanha fosse de tal forma. O que eu realmente desejava, era o resultado de todas as nossas reivindicações, lutas, trabalho. Eu também desejo sim um bom Brasil no futebol, porque apesar de ser uma menina, aprecio uma boa partida, mas ainda mais o que o País deve ser fora de campo. Uma infraestrutura melhor, educação de qualidade e saúde pública com garantia de bom atendimento aos pacientes.

       Enfim, o Brasil é um dos piores em desigualdades sociais, tem os índices de educação e saúde lá em baixo, possui uma política corrupta, e são esses meus maiores motivos de vergonha (ainda dá tempo de mudar! As eleições estão aí), mas também não é o melhor, o mais brilhante e nem mais encantador no nosso querido e que seria, então,  escape das nossas tristezas: o futebol.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Status: carregando...

Existe um medo que toma conta dos estudantes: o futuro. O número de pessoas alfabetizadas e jovens que ingressam no ensino superior tem aumentado a cada década. A educação dos adolescentes tem feito a diferença. A cada ano que se passa é possível ver mais pessoas de pouca idade com opinião e convicção em muitas áreas da sociedade. Opinião de cunho público e pessoal sobre o que quer para o seu país nos próximos anos. O maior medo então é onde se encaixar nessa sociedade onde o status no meio capitalista conta muito.
Apesar do Brasil ser uma negação em educação e ter um dos piores índices mundiais, há uma crescente e otimista mudança nesse cenário de ano em ano. O interesse que surge no ser humano de conseguir ter uma “vida melhor” faz com que ele mesmo corra atrás de seus objetivos, sem esperar que a situação de ensino melhore entre outras coisas. 
Uma vida de estudante não é fácil, principalmente para adolescentes. Tão imaturos começam a tomar responsabilidades e decisões que construirão toda a sua vida. Que rumo tomar? Que curso prestar na faculdade? Há os que não se importam muito com a sua profissão e não pensam se querem realmente aquilo pra sua vida, e acabam fazendo simplesmente algo que lhe dará apenas o dinheiro. Muito dinheiro. Sim, existem estes. Mas existem aqueles que pensam primeiro em fazer o que gosta, o que amaria fazer pro resto de sua vida, que mesmo se matando de trabalhar jamais se cansaria. E é preciso mais como estes.
O estudo não é algo que se deve fazer por dinheiro, é algo que se deve fazer por amor. Hoje é algo que não chega a ser inacessível, não há desculpas porque tem ensino gratuito por onde for. Realmente não estuda quem não quer! São tantos os benefícios que até quem tem renda baixíssima consegue alcançar. 
Estudar te faz abrir a mente, ter opinião, e além de tudo pode garantir um futuro melhor. É como abrir asas pra voar, andar em direção ao sol pra poder brilhar como ele; se perder no meio dos livros e nunca mais querer ser encontrado, descobrindo nesse mundo que o melhor ainda nem começou. Assim se constrói um lugar com qualidade de vida e ainda mais inteligente. Um país onde há mais amor, e expectativa de que um dia seja tudo diferente.

domingo, 15 de junho de 2014

Tem um gigante acordadando...

As lembranças de junho de 2013 ficarão pra sempre na memória dos jovens que fizeram parte daquele momento histórico. O Brasil parava, mas parava pra acordar, levantar de uma inerte insatisfação com o sistema político que o país vive.
O estopim pra que ocorresse uma série de manifestações pelo Brasil todo foi o aumento da passagem de ônibus de R$ 3,00 para R$ 3,20 em São Paulo. Mas isto todo mundo já sabe. O fato é que o brasileiro não levou apenas isso em conta. Isso foi só o pontapé inicial. A população acordou, ou melhor, se levantou contra, porque acordado já estava fazia muito tempo, para as irregularidades dentro da política.
Os gastos absurdos com a Copa do Mundo, a indignação em deixar que aprovem uma lei que impede o Ministério Público de investigar os podres dos políticos (no caso a PEC 37: Proposta de Emenda Constitucional), a situação precária da educação e da saúde pública, todos esses são os fatores que levaram o brasileiro a se revoltar e sair às ruas para manifestar essa insatisfação com o Poder Público. 
Bom, já se passaram um ano. As manifestações continuam ,não com o mesmo volume de pessoas, levantando reivindicações por melhores salários dos trabalhadores e protestos contra a Copa do Mundo no Brasil. O que o governo Federal diz para os “anticopa” é que a verba da saúde e educação foi passada, e quem deve ser cobrado é o governo Estadual. Porém de qualquer forma todos sabem dos gastos absurdos que tiveram com a copa, que segundo Rachel Sheherazade, e pesquisas de algumas instituições, ultrapassam o valor das últimas três copas juntas. São mais de 40 bilhões de reais investidos em jogos de futebol.
Um dos maiores poderes que o cidadão do Brasil tem em suas mãos é o voto. Na hora do voto pode-se fazer o maior protesto da história, sabendo em quem votar, sabendo quem colocar nas cadeiras executivas e legislativas.

Há pessoas torcendo contra o Brasil nessa copa de 2014, pois segundo elas a vitória da seleção canarinha pode anestesiar essa vontade de democracia que tem tomado conta da população. Seria a copa também uma estratégia política para isso? Uma coisa pode-se dizer aos governantes: O brasileiro não é mais um pobre abastado que não busca informações sobre os partidos e os seus candidatos. Definitivamente o Gigante acordou.
Todos têm a consciência de que esse imenso país tem tudo pra ser desenvolvido. Não se deve preocupar com o que os gringos vão falar ou não do Brasil. Eles não ficarão aqui, irão embora. Enquanto a população terá que ficar, com os postos de saúdes, com as escolas, com os políticos, e continuar gritando por mudanças.

E a quem torça ou não para que o Brasil ganhe esta Copa do Mundo, pra quem acredita nos craques como Neymar, Oscar, Daniel Alves, David Luiz e etc, ou pra quem acha que tudo isso é uma babaquice, só é dito uma coisa: Uma taça do mundo na mão não vai mudar o futuro desse lindo país, nem melhorar ele. Mas uma eleição, um voto com responsabilidade, esse sim pode mudar pra sempre essa Pátria Amada que se chama Brasil.