O sonho do hexa 2014 acabou. E todo mundo já aceitou o fato de
que a nossa canarinha não brilhou tanto o quanto era esperado. O vexame da
seleção foi grande dentro de campo assim como, pra mim, é fora dele.
Sinceramente eu achava que o Brasil ia passar uma vergonha com essa copa fora
dos gramados. Mas não foi o que aconteceu.
Felizmente o povo brasileiro é um povo que não se deixa ganhar
pelos pessimistas que desde o começo jogaram comentários negativos sobre a
copa, e infelizmente é um povo que não consegue encontrar a cura para a doença
dentro da política. Ou ao menos não vai atrás dela.
A Alemanha não ganha de goleada do Brasil só no futebol (com
experiência, disciplina, esquema tático, CONTROLE EMOCIONAL), mas também em saúde,
segurança, educação, economia e entre vários outros fatores.
Muitos questionam o legado que vai ficar para o Brasil
pós-copa. Os que defendem acreditam nas
obras e nos investimentos nos novos aeroportos, nos estádios que ficarão mais
bonitos e modernos, nas estações de metrô, no reconhecimento internacional do
Brasil... Mas e o resto? E a superfaturação? E as pessoas que foram removidas
de suas casas que elas construíram com o suor de muito trabalho? E os postos de
saúde que estão capengando, junto com a educação que continua carente de
melhorias? Foi muito mais gastos com estádio, festa, do que com o que realmente
precisa.
Porém o tempo de manifestar passou. Algumas pessoas até
tentaram, mas em cima da hora, e como sempre esse jeitinho brasileiro... Dessa
vez não funcionou! A FIFA WorldCup no Brasil tá sendo a melhor de toda a
história, e sim, em cima dos nossos impostos, trabalho e suor. A FIFA não precisou nem pagar
impostos. Bem do jeito que ela queria, não é mesmo?
É claro que eu não desejava que o resultado da semifinal
contra a Alemanha fosse de tal forma. O que eu realmente desejava, era o
resultado de todas as nossas reivindicações, lutas, trabalho. Eu também desejo
sim um bom Brasil no futebol, porque apesar de ser uma menina, aprecio uma boa
partida, mas ainda mais o que o País deve ser fora de campo. Uma infraestrutura
melhor, educação de qualidade e saúde pública com garantia de bom atendimento
aos pacientes.
Enfim, o Brasil é um dos piores em desigualdades sociais,
tem os índices de educação e saúde lá em baixo, possui uma política corrupta, e
são esses meus maiores motivos de vergonha (ainda dá tempo de mudar! As eleições
estão aí), mas também não é o melhor, o mais brilhante e nem mais encantador no
nosso querido e que seria, então, escape
das nossas tristezas: o futebol.
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